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Este artigo não é o que parece…
Hoje ocupo-me de um tema sobre o qual nunca escrevi, nem nunca pensaria escrever. O tema é um outro artigo de opinião – ‘Esqueçam, sem equipas felizes não existem clientes felizes!’ – que escrevi para este jornal e que, inexplicavelmente, pensei eu numa primeira abordagem, foi visitado por mais de 129.000 pessoas, obteve cerca de 60.000 likes no Facebook e, que eu tenha conhecimento, serviu ainda para construir uma pergunta de desenvolvimento num teste de avaliação de uma cadeira de Relações Públicas no INP e uma conferência organizada por estudantes para estudantes no mesmo estabelecimento de ensino.
A minha primeira abordagem estava errada porque parti de um pressuposto errado. O artigo teve sucesso devido ao tema e não devido ao autor pelo que, qualquer pessoa que o escrevesse, teria a honra de ser muito lida. De facto, o sucesso do artigo só veio mostrar que Portugal deve sofrer de graves problemas de liderança pois, de outra forma, não teria tido uma tão alta taxa de identificação com o conteúdo. Mostrou-nos ainda que uma boa estratégia de RH e de comunicação interna é fundamental para o sucesso de uma qualquer organização. E é sobre essa matéria que hoje deixo umas palavras de reflexão.
No centro das empresas devem estar as pessoas já que são elas que estão na base da tão falada competitividade. O envolvimento e o comprometimento entre colaborador e organização são determinantes para o sucesso conjunto e só é possível se os colaboradores entenderem o caminho da organização, sentirem que pertencem ao projecto, confiarem na sua liderança e. mais importante, que são estimados. Sem estes elementos, que devem ser básicos, nada feito.
Torna-se, assim, necessário estimular alguns indicadores como a satisfação, o compromisso ou a motivação e a comunicação interna pode ser uma boa ferramenta para o fazer. Mas atenção, a comunicação interna deve ir muito para além da distribuição de informação. Nos dias que correm os colaboradores encontram-se submersos em informação e, simultaneamente, ansiosos por uma clareza e um propósito que tardam em surgir. Não adianta comunicar sem ouvir já que a comunicação deve constituir uma resposta adequada às necessidades apresentadas pelos colaboradores.
A comunicação interna deve apresentar-se como um elemento fundamental na estratégia de gestão já que, não só é fundamental no alinhamento dos públicos internos com a estratégia global da organização, como pode afectar positiva ou negativamente a sua produtividade e coesão ou promover (ou não) a identificação e a motivação dos colaboradores. E numa época em que este tipo de público constitui, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, uma importante fonte de informação, é bom que todos estejam alinhados.
Há uns anos, um estudo da IPSOS MORI concluiu que o que mais influencia as percepções de uma pessoa sobre uma organização é o facto de conhecer alguém que lá trabalha. Esta conclusão devia ser mais do que suficiente para que as lideranças recentrassem as suas prioridades nas pessoas. É que não vale a pena as empresas despenderem a maioria do budget em influenciadores profissionais quando os maiores influenciadores estão dentro de casa e mesmo sob a nossa vista.
“É que não vale a pena as empresas despenderem a maioria do budget em influenciadores profissionais quando os maiores influenciadores estão dentro de casa”
Artigo de opinião de Maria Domingas Carvalhosa, CEO da Wisdom Consulting
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Este artigo não é o que parece…
Hoje ocupo-me de um tema sobre o qual nunca escrevi, nem nunca pensaria escrever.
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